O notável avanço da tecnologia não é uma coisa recente. Não é de hoje que o lançamento de uma tecnologia avançada e prática extingue a existência da ultrapassada. Aconteceu com o mimeógrafo, com os retroprojetores, com a lousa de quadro negro, telefones fixos, máquinas de escrever e até com os computadores que foram substituídos pelos notebooks, depois pelos netbooks e agora pelos tablets.
O livro de papel ainda não se extinguiu por completo por uma questão de dinheiro, já que o livro ainda é um objeto caro no Brasil, mas um e-reader (que imita a visualização do papel na tela) é muito mais caro. Com a grande comercialização e a distribuição realizada pelo governo dos novos tablets é só uma questão de tempo para ser o fim do livro impresso.
As editoras que não começarem a lançar seus títulos em formato e-book irão falir. O mercado editorial se tornará algo dispensável, qualquer autor poderá editar seu próprio livro e comercializá-lo através da internet.
É claro, que muitos, assim como eu, ainda idolatram o objeto livro, sentem prazer em tocar e folhear suas páginas, sentir o cheiro e até mesmo tocar a capa, uma verdadeira relação de amor e fetiche. Nós continuaremos gostando do livro impresso, mas teremos de nos adaptar as novas tecnologias e nos conformarmos se daqui alguns anos o livro impresso desaparecer por completo e se tornar um objeto de colecionador.
Como diria Monteiro Lobato, "um país se faz com homens e livros". A população brasileira não é, na grande maioria, feita por leitores. Acredito que quem não lê agora em papel, também não lerá em e-book, mas nos resta saber se a tecnologia conseguirá mudar esse fato.
E a escrita? Também irá se extinguir? Será o fim do tradicional caderno + lápis na alfabetização das crianças? O que vocês acham?